domingo, 26 de julho de 2009

É o nosso!


De repente, um convite de casamento à minha mão. Não, não é de nenhum parente ou vizinho: é o meu. O meu convite de casamento. O que me surpreende não é o meu nome dentro, já que eu sou bem mulherzinha e sempre quis casar, mas sim o seu nome junto ao meu, pois, você sabe, eu achava que “essa coisa de casamento” não era pra você.
É impressionante parar e pensar em tudo que aconteceu nesses últimos quase onze anos (onze anos!!!); acho que nós já esgotamos as possibilidades de motivos pra brigas, términos...e, ainda assim, continuamos juntos.
Me lembro de quando olhei seu carro indo embora, você ligando o pisca-alerta pra mim pela última vez, pra se despedir; e eu, na varanda, com o coração despedaçado, sem chão, com vontade de sair correndo pra você não ir. Com a mesma tristeza, me lembro das palavras tão duras que saíram de mim, me lembro dos seus olhos carinhosos quando eu não conseguia – ou não podia – retribuir seu amor.
E algumas coisas causam mágoa sim, é normal. Mas o sentimento maior é que, depois de todo o tiroteio, nada nos abala, porque eu vim pra você, você veio pra mim, pra gente continuar o que já fizemos antes. São tantas lembranças, tanta experiências...
Quantas vezes eu achei que, a partir dali, minha vida seguiria sem você...e quantas rasteiras eu tomei do destino! Por vezes, meu sangue errou de veia dentro de você e se perdeu.
E agora eu me preparo para te encontrar, diante de tanta gente, pra confirmar o que já é fato entre nós: companheirismo e amor.
É gostoso te ver e ainda sentir frio na barriga, ainda ter vontade de ficar bonita pra você, ainda ver todo o encantamento no seu olhar quando olha pra mim.
Eu te pergunto “e daqui a 10 anos?”; eu sei que você ainda vai morder meu joelho.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Feliz dia do amigo!


Hoje é dia do amigo. Amizade é uma coisa interessante, né?! Há os amigos por conveniência, aqueles com quem estudamos e/ou trabalhamos; são chamados, muitas vezes, de colegas. Mas amigo amigo mesmo é aquele a quem nos unimos por afeto, carinho, identificação, que, na verdade, nem é tão necessária. Eu tenho uma amiga que é quase o oposto de mim, a quem eu amo de paixão.
É bonito ver, apesar do mundo tão corrido, das amizades por conveniência, do “sou seu amigo pra ir pra balada”, amigos que amam independente de quaisquer circunstâncias: namoros, dinheiro, baladas (ou a falta delas), crises. Porque, pra mim, amigo nunca foi aquele que me ligava para sair à noite: era para quem eu ligava à noite, de madrugada, numa terça-feira à tarde para chorar mágoas, ou para contar algo bom. Colegas há aos montes, mas amigos não. Colega você faz até na fila da boate; amigo é identificação de almas.
Amigo mesmo é aquele que aponta seus defeitos que ninguém tem coragem de dizer, mas fica do seu lado, apesar de. Amigo é a mão que você procura quando o mundo dá uma volta muito rápida e você fica tonto. Amigo é para quem você é apoio: mão, pés, braços, ouvidos; coração.
Um texto que rola por aí fala sobre namoro e diz que todos querem a cereja do bolo, mas ninguém quer comer o bolo. O mesmo acontece com a amizade: todos querem ter amigos, mas não sabem ser amigos; muitos querem falar, mas poucos ouvir.
E hoje, dia do amigo, quero agradecer aos meus amigos verdadeiros, aos amigos amigos, aqueles que nunca me deixaram sozinha, que me abraçaram forte no meio da tempestade e que pularam comigo nos meus carnavais. Aos meus amigos que souberam e puderam me amar, apesar das minhas muitas limitações e meus muitos defeitos. E, claro, à riqueza enorme que me proporcionaram ao dividirem suas vidas comigo.

Meus amigos e minhas amigas: todo amor.